terça-feira, novembro 20, 2007

um bom motivo para ir a Madrid...




Embora eu ache que ninguém deve precisar de um motivo para ir até lá... Madrid é linda
Museu do Prado celebra seus 188 anos com uma exposição dedicada ao artista que melhor representa sua identidade, Diego Velázquez, mostrando a faceta de pintor narrativo em "Fábulas de Velázquez".

Serão exibidas 28 pinturas do pintor espanhol, doze delas emprestadas, entre as quais se encontra a emblemática "Vênus do Espelho", junto a 24 obras de outros 16 artistas.
A mostra começa com "Cristo na Casa de Marta e Maria" e acaba com "A Lenda de Aracne (As Fiandeiras)", obras "complexas e singulares que têm muito em comum", já que o que as transforma em "pinturas de histórias" está localizado ao fundo, em um segundo plano.
"A Lenda de Aracne (As fiandeiras)" é exibida, graças à composição realizada em seu estado original, que deixa ocultos os acréscimos feitos em diferentes épocas e que alteraram a leitura formal do quadro, que agora se revela como uma obra pertencente a uma nova realidade.

As pinturas expostas na mostra refletem o caminho percorrido pelo artista desde 1618 até antes de sua morte.
Para dividir este período foram marcados três ambientes pintados de três cores diferentes. O primeiro mostra o Velázquez naturalista - Os Bêbados (O triunfo de Baco)".

O segundo período é o do Velázquez classicista, de sua viagem a Roma e o das obras religiosas pintadas quando retornou à Espanha.

O terceiro espaço aproxima o espectador ao Velázquez mais cortesão, que absorve as colecções reais e que se abre à cor.

Portús usou palavras especiais para "A Vênus do Espelho", a qual considera uma pintura "absolutamente singular de todos os pontos de vista. Obra prima com qualidade estética e composição original".

A obra é um dos atrativos da exposição, já que é uma das mais emblemáticas de Velázquez conservada fora da Espanha, na National Gallery de Londres.

A pintura foi exposta no Museu do Prado pela última vez em 1990, em mostra dedicada a Velázquez.

As obras selecionadas para "Fábulas de Velázquez" permitem, além de explorar sua faceta como pintor de história, apreciar o contexto criativo no qual realizou alguns dos trabalhos mais significativos de sua carreira.

A exposição representa um claro progresso no conhecimento sobre Velázquez e suas experiências narrativas, e abre novas vias para o futuro, segundo Miguel Zugaza, diretor do Museu do Prado, para quem, lembrando o filósofo José Ortega y Gasset, o artista sevilhano representa a primeira grande revolução na pintura ocidental.

A mostra concentra-se em uma nova forma de criação que não havia sido isolada antes em uma exposição.

O diretor adjunto do museu, Gabriele Finaldi, disse que a sala onde está "Família de Felipe IV (As Meninas)" é o "templo sagrado de Velázquez", no qual todas as pinturas são retratos, gênero que domina a obra do pintor, já que das 130 que se aceita que foram pintadas por suas mãos, quase 100 são retratos.

A exposição, dá ênfase ao restante de sua obra, e mostrar um Velázquez diferente do que normalmente se conhece.

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