segunda-feira, maio 03, 2010

Eu quero a Feira Popular...




Que porra de país este... onde ninguém tem "tomates" para tomar decisões...

Eu não quero ter 2 submarinos... eu quero ter uma feira popular...
Eu não quero ter um monte de ruinas no centro de Lisboa enquanto os tribunais decidem sobre as trafulhices dos negócios em causa... eu quero que os miúdos saibam como é bom comer algodão doce e sonhar nos carróceis...
Eu não quero ter o TGV e mais 2 ou 3 centenas de emigrantes nas obras do mesmo... eu quero ter um comboio que me permita viajar de Lisboa a Viana do Castelo, Ponte Lima ou outra qualquer cidade do norte ou do sul sem dificuldades de ligações...

Eu não quero ter mais uma ponte porque o trânsito será sempre na Ponte 25 de Abril, visto que as portagens das outras serão sempre mais elevadas... e mais 2 ou 3 centenas de emigrantes a trabalhar na obra e a pedir o visto de residência.
Eu quero um país onde os empregos sejam para os portugueses, por muito racista que isto pareça... mas crise é crise
Eu quero ter um Club de jazz nacional que me permita ter acesso a este tipo de música e que não esteja dependente do Domingos Névoa e dos tribunais e da Bragaparques...
Eu quero a ruas livres para passear, quero estacionar o carro sem ter que pagar cada minuto de cidadania à EMEL...
Devolvam-me o meu país... devolvam a dignidade de ser português aos portugueses...


Câmara de Lisboa apresentou ontem à direcção do Hot Clube de Portugal várias propostas para albergar provisoriamente o mais antigo clube de jazz nacional. No entanto, o seu regresso ao número 39 da Praça da Alegria, depois do incêndio que inviabilizou o espaço, está dependente da resolução do processo judicial entre a autarquia e a Bragaparques.

A recuperação do Hot Clube vai ser integrada no Plano de Pormenor do Parque Mayer (EVR)
Depois da reunião com a direcção do Hot Clube, a vereador da Cultura da Câmara de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, afirmou que o projecto de recuperação do edifício e criação de uma Casa do Jazz é "complexo" e que, enquanto o litígio judicial "não for decidido, a autarquia não vai fazer nenhuma intervenção no espaço".

Quanto a um espaço provisório para albergar o Hot Clube, "a câmara apresentou uma série de hipóteses na zona da Praça da Alegria, que vamos analisar com calma", disse ao PÚBLICO Inês Homem Cunha, directora do clube. A responsável adianta que as alternativas são "espaços devolutos da autarquia", mas realça que é necessário investir num local que valha a pena, pois "a recuperação do antigo edifício pode durar vários anos".

Tanto a autarquia como a direcção parecem excluir a hipótese de instalação no espaço do Ritz Club, que foi sugerida ao PÚBLICO por músicos e críticos de jazz. A vereadora disse ontem que o Ritz "neste momento não é uma das hipóteses em cima da mesa", enquanto Inês Cunha destaca que o espaço não serve, pois está em "mau estado".

Quanto à recuperação da cave que albergava o Hot Clube, a câmara comprometeu-se já a integrá-la no Plano de Pormenor do Parque Mayer. Contudo, dificilmente o projecto irá para a frente enquanto não for resolvido o litígio com a Bragaparques. O caso remonta a 2005, quando a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou a permuta dos terrenos do Parque Mayer (da Bragaparques) por parte dos terrenos camarários da antiga Feira Popular, em Entrecampos. O negócio envolveu ainda a venda em hasta pública do restante espaço da Feira Popular, que foi adquirido também pela Bragaparques. O actual vereador José Sá Fernandes denunciou a situação ao Ministério Público, levantando uma onda de polémica que antecedeu a queda do executivo camarário de Carmona Rodrigues em 2007 e se arrasta nos tribunais.

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