terça-feira, novembro 21, 2006

Fotografar acaba por ser uma paixão...


um fim de se semana inesquecível...

um fim de semana pleno de história e sensações...

uma descoberta, um cheiro...

uma Maria e um António cuja existência é só por si surrialista...

um despertar maravilhoso seguido de um pequeno almoço tranquilo...

um domingo a fotografar e a aprender
um copo de vinho e uma boa conversa para terminar em beleza

a vida tem coisas muito... muito boas

sexta-feira, novembro 10, 2006

apenas uma foto...


que recorda um bom passeio e uma experiência muito gira...
e que tal darem uma vista de olhos em www.iris-pt.com !...
Quem sabe se não se apaixonam pela fotografia como eu...

terça-feira, novembro 07, 2006

Divadações sobre uma viagem


Estranha noite para se viajar...

O céu carregado de nuvens cinzento escuro não deixa margem para dúvida que a tempestade está a caminho.

Dentro do carro soa o silêncio quebrado apenas pela respiração quadrifónica de almas diferentes.

Os pingos começam a cair, primeiro lentamente e em segundos é como se o céu castigasse a terra e a quissesse fazer desaparecer.

O pára-brisas corre-corre de uma ponta a outra do vidro tentando livrar-se da água que escorre em cascatas de medo. A velocidade diminuio no pavor da água que parece levar tudo na frente.

Ao volante alguém que não conheço. Liga-se o rádio que quebra silêncios incomodativos.

Olho em frente e recordo uma outra viagem de céu estrelado e calor sufocante num verão sem data.

Nesse dia os quilometros cresciam como fruta em primavera de promessas. Havia pressa de chegar, havia desejo de respirar o mar.

As janelas abertas trocavam imagens no correr da paisagem.

As palavras tinham mudado de sítio ou não seguiam viagem, o silêncio era rei.

Pesavam os pensamentos que se misturavam em desarmonia de anseios.

Os monólogos travam batalhas de conquistas invisiveis troçando dos diálogos surdos que faziam voo raso neste ambiente de desconhecidos quase hóstil.

Pus um braço de fora porque precisava de ar, precisava de me sentir viva e de sentir a pele correr no tempo.

Os sonhos embatiam no vidro da frente com estalidos de brusquidão acompanhando o batuque dos mosquitos que iluminados na noite se esborrachavam no vidro deixando marcas de sangue.

Lá fora o meu braço treme empurrado pelo vento. é lua cheia. Noite de lobos, abismos e pensamentos negros de vazio inconcreto. Há palavras por dizer, pensamentos em vertigem e agonia que não se conseguem esclarecer.

Há hostilidades indefinidas com protagonistas que são só sombra de outras horas passadas.

Os quilometros avançam passando por gritos que em busca de sonhos intempestivos se misturam no ar quente da noite. Brotam de mentes jovens presas em povoações anónimas onde o sonho é ainda o desejo...

Charada humana onde uma troca de olhares faz crescer histórias incompletas.

A chuva parou, não sei onde estou porque a viagem no tempo me levou a orientação. No carro o silêncio é violado apenas pela música de uma rádio qualquer.

Quatro almas que dividem nadas e escondem pensamentos assistem aos riscos de paisagem que vão ficando para trás no tempo.

Tenho fome, tenho sede... apenas desejos carnais de quem se quer manter viva. Gostava quem alguém liberta-se os sons e quebra-se o gelo porque me apetecia falar, porque o silêncio dói.

O carro pára... chegamos ao destino, amanhã é outro dia.


quinta-feira, novembro 02, 2006

Imortalidade


Não contavam os anos, nem os dias que ali estava petrificado decorando a ponte mais famosa de Roma.

Não contavam as fotos, os olhares e as pombas que indiscriminadamente faziam ali poiso seguro.

Não contavam os temporais e calores infernais dos anos passados e talvez vindoiros.

Não contavam turistas que se queriam fotografados junto dele e mais os vendedores ambulantes que ali montavam o seu arsenal.

Não contava a pedra branca escurecida pelo tempo, esverdeada pela chuva e destronada de perfeições que o tempo leva.

Apenas contava a imortalidade mesmo que fossem muito poucos a saber pronunciar o seu nome...

Este era o presente e o futuro esperado, solidão acompanhada e fotografada entre sorrisos desconhecidos e gargalhadas jovens de línguas absurdas.

Era esta a vida que tinha pedido... imortalidade a qualquer preço... e tivera-a sem dúvida. Tinha a beleza eterna e o olhar profundo que se perde em infinitos de esperança, mas agora decorridos séculos sentia falta do amor, das emoções que corroem o espirito, da ternura e do jogo das palavras, agora sentia falta da humanidade que levianamente tinha trocado pelo eterno, que na altura era desejo maior, a ponderação não fazia parte do seu ser. A ponderação era para outro tipo de pessoas mais objectivas, mais materialistas...

Voltar atrás?!!

Era impossível e mudar de vida, também por isso este era o seu destino... o destino do belo, o destino de quem ri mesmo sem vontade porque assim foi talhado na pedra

Solidariedade... hoje por outros... amanhã, quem sabe, talvez por nós






*Em seguida, levaram alguns operários

Mas não me importei com isso...

Eu também não era operário.*



*Depois, prenderam os miseráveis.

Mas não me importei com isso...

Porque eu não sou miserável.*



*Depois, levaram uns desempregados.

Mas como tenho meu emprego...

Também não me importei.*


*Agora, estão me levando...

Mas, já é tarde.*


*Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo*


*Bertold Brecht*

________________________________________________



Liga Portuguesa Contra o Cancro é uma Associação Cultural e de Serviço Social, privada, declarada de utilidade pública, que promove a prevenção primária e secundária do cancro, o apoio social e a humanização da assistência ao doente oncológico e a formação e investigação em oncologia.
Tem como finalidades:


Divulgar informação sobre o Cancro e promover a Educação para a Saúde, nomeadamente quanto à sua prevenção;

Contribuir para resolver a situação dos doentes oncológicos em todas as fases da história natural da doença;
Cooperar com as Instituições envolvidas na área da oncologia, nomeadamente com os Centros do Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil;
Estimular e apoiar a formação e a investigação em oncologia;
Estabelecer e manter relações com Instituições congéneres, nacionais e estrangeiras;
Contribuir para o apoio social e a humanização da assistência ao doente oncológico;
Desenvolver, isoladamente ou em colaboração com outras entidades, estruturas para a prevenção primária, diagnóstico, tratamento e reabilitação em Cancro.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) estimula a investigação em oncologia, nomeadamente através da concessão de subsídios e de parcerias para este tipo de actividades.Estes financiamentos, atribuídos a Centros e Unidades de Investigação Hospitalares ou de Ensino, têm por objectivo promover a investigação cinetífica, aprofundando o conhecimento sobre o cancro e o desenvolvimento de novas terapias no âmbito da detecção precoce e do tratamento do doente oncológico.

São exemplo deste tipo de colaborações a "Corrida Terry Fox" realizada em colaboração com a Embaixada do Canadá e cujos fundos revertem para a Investigação em Oncologia. Da mesma forma, a LPCC colabora com os Centros Regionais de Oncologia do Instituito Português de Oncologia de Francisco Gentil e a CIMAGO (Centro de Investigação em Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia - Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra).
Embora a LPCC tenha nascido como uma estrutura de apoio ao Instituto Português de Oncologia (com os Centros Regionais) a sua actividade desenvolve-se nas Unidades de Oncologia em todo o territorio nacional. As formas de colaboração são variadas e vão desde o apoio à organização e à participação em eventos técnico-científicos até à oferta, dentro das suas possibilidades orçamentais, de material cuja necessidade e utilidade para os doentes seja inquestionável.

PEDITÓRIO NACIONAL
O Peditório Nacional é um grande testemunho da generosidade das populações abrangidas pela Liga Portuguesa Contra o cancro e do grande apreço pelo trabalho realizado.Através do Peditório Nacional a população sente, mais de perto e como seus, os objectivos da Liga Portuguesa Contra o Cancro, e procuram participar na realização dos seus projectos com donativos que continuam a ser a principal fonte financiadora de todas as actividades desenvolvidas.
Cabe a cada Núcleo Regional organizar, na sua área, o Peditório anual que, para além da dedicação dos seus funcionários, conta com o admirável apoio e trabalho de muitos voluntários e clubes de serviço à comunidade com especial referência aos Escuteiros, Lyons Clubes, Rotários, Paróquias, etc.
Assim, nas áreas respectivas a cada Núcleo, são formadas as designadas"Comissões" ou "Grupos de Apoio" que dão toda a sua colaboração e apoio e a quem são entregues as caixas mealheiro para serem utilizadas no Peditório Nacional, determinação de vários pontos importantes para a sua realização.
Anterior a esta entrega, está todo um trabalho, praticamente anual, no sentido de visistar cada zona, da área correspondente a cada Núcleo, com o objectivo de reunir com esses Grupos para "preparar" o Peditório, fazer listagens do número de pessoas envolvidas em cada zona, organizar as Caixas Mealheiro a serem entregues.

Apesar das condições atmosféricas muitas das vezes não serem as mais favoráveis, o apoio de todos não nos deixa de surpreender pois o convite à colaboração com a Liga tem merecido grande importância por parte de toda a população.
As obras realizadas e as acções desenvolvidas são, assim, a garantia da generosidade da população que acreditamos tenha continuidade, o que tornará possivel ampliar e melhorar as formas de apoio aos doentes oncológicos e seus familiares.