Os dias passam e na cidade morna de um Verão inconstante onde os dias de vento se cruzam com os dias quentes confundindo os que julgavam que o ano se dividia em estações de temperaturas previsíveis.
Não apetece escrever porque o cérebro confundido nos ressaltos dos humores meteorológicos não constrói pensamentos coerentes nas horas que passam.
Hoje lembrei-me de uma história, hoje apetece-me contar uma história de noites quentes...
Era uma vez uma noite de lua cheia... não sei se estava lua cheia porque não devia de ser uma noite especial...
Era uma vez um bar de luz difusa e ruídos de melodia perdida, não... esta história não pode ser assim.
Era uma vez uma miúda que não era miúda mas trazia ainda as estrelas no olhar, era uma vez um rapaz que se tinha perdido nas asas de promessas sem futuro. Cruzaram olhares, prenderam emoções, descobriram medos, contaram segredos, devoraram prazeres e sentiram que mais uma vez não devia de ser verdade. Ela sabia sem saber que ele podia ser o tal... que as estrelas interiores cintilavam mais quando os olhares se cruzavam nos segundos que partilhavam... mas tinha medo.
Ele resguardou sentimentos nas amargas experiências de outras histórias e não se queria dar.
Lentamente foram provando o mel que de momentos se fazia, lentamente foram cruzando sabores de venenos passados com se de antídoto se servissem.
Já passou um mês e o encantamento da luz permanece. Já passou um mês e ainda se descobrem no encanto dos odores, já passou um mês e lambendo feridas passadas vão abrindo o jogo como quem joga uma paciência perdida muitas vezes.
Ela tem um olhar mais brilhante e ainda diz "o meu futuro homem"... ele eu não conheço mas espero que consiga ver um dia as estrelas e saiba segurar os sonhos...
Poderiam ser um casal modelo, poderiam ser a perfeição num mundo de normalidade... mas são apenas duas pessoas que se amam...
Parabéns
1 comentário:
de momento. apenas uma palavra. MERCI!
beijos, muitos
Enviar um comentário