quarta-feira, abril 26, 2006

aqui... ao som do vento


Arrastada pelo vento levaste-me enrolada nas palavras sem eco onde o ser é apenas guardião de memórias que de tão apagadas se confundem com passados de glória esfumada.
Levada pelo vento deixei-me ir sem luta esperando na linha do horizonte o caminho que pensei existir. Virei a cabeça na inquietação da dúvida e fiz de conta que a corda da existência não era uma corda bamba mas um fio condutor onde a mente passa num salto a margem proibida dos desejos.
Arrastada pelo vento senti a roupa escorregar no aposto das ansiedades envergonhadas destapando vergonhas, expondo pudores.
Na ansiedade da busca encontrei as dúvidas da existência e rebolei de insanidade na escuridão dos que sempre estão sós.
Agarrada em ti procurei salvação sem saber que eras mais só que a solidão, que eras mais louco que a insanidade, que eras mais pobre que eu.
Despida de ti olhei no espelho que a água me ofereceu e senti Narciso devolvendo-me esse eu que julgava perdido.
Respirei de alívio, agradeci-te em silêncio e renovada pela luz que a madrugada devolve no acordar do dia seguinte caminhei em frente de passo firme e sem definir caminho.Agora estou aqui… amanhã será outro dia.

2 comentários:

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Anónimo disse...

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