segunda-feira, abril 28, 2008

as conquistas de Abril...




E já passaram 34 anos desse sonho de mudança em que sempre me lembro da canção "pra melhor está bem, está bem... pra pior já basta assim".

E afinal onde pára o sonho?... Para lá das ideologias políticas, das lutas do coração, dos credos de convicção ficam os factos reais de um país em desconstrução...

Onde estão as conquistas...

Ganhamos:

- o direito ao voto;

- o direito a falar e discutir ideias;

- o direito à greve;

- o direito à manifestação;
-a abertura a outras culturas e outras ideias;


e, e o que perdemos ou antes não ganhamos apesar das esperanças continuadas de que o próximo é o melhor, o próximo é que vai ser o salvador...

mas também ganhamos:



- emprego precário

-saúde a peso de ouro

-corrupção

-justiça injusta onde os caso mediáticos se arrastam sem fim

-IVA

-IRS

-EMEL

-ASAE

-um sistema educativo incompetente e deficiente

-diferenças económicas entre classes sociais mais graves do que em qualquer outro tempo onde se vislumbra a miséria encoberta

-escandalosas desigualdades com reformas milionárias acumuladas de vencimentos milionários
- intolerância e aumento da criminalidade
-oportunistas disfarçados de defensores de liberdades

- etc, etc, etc



se analisarmos as conquistas podemos concluir:

-manifestamos-nos, falamos, pedimos, lutamos (mas na realidade os resultados obtidos não são relevantes porque é como falar com uma parede... a resposta é enixistente)

-podemos votar em liberdade na escolha de quem nos vai orientar os caminhos, mas na realidade o índice de abstenção aumenta de ano para ano porque o descrédito no aparelho governamental e as desilusões somadas são muitas



Então o que será que verdadeiramente conquistamos em Abril? Cravos vermelhos...



Apenas para ilustrar quem ainda existem jovens que sabem o que foi o "cravo de Abril"



"Ficou conhecida pela Revolução dos Cravos porque uma mulher chamada Celeste. Ela trabalhava no self-service do Franjinhas. Como era o aniversário do self-service o gerente comprou cravos vermelhos para oferecer a cada senhora que entrasse o restaurante, mas com os movimentos das tropas o gerente fechou o restaurante, e pôs uma placa na porta a dizer " Levem as flores para casa, é escusado ficaram aqui a murchar".Celeste saiu no Rossio e deu de caras com os tanques. Perguntou a um soldado " O que estão aqui a fazer?". Ele respondeu-lhe que era uma revolução. O soldado de estava desde as 2 da manhã estava sem cigarros e sem café. E ela que não fumava, deu-lhe um cravo. E ele pôs logo no cano da espingarda. E ela, subiu à rua a oferecer flores e subiu para os tanques. Quando que as flores se multiplicavam nas espingardas e nas mãos das pessoas, descobriu que tinha desencadeado uma coisa importante."

Maria e Diogo 6ºA








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